É o sonho de muitos brasileiros ter um espaço próprio para chamar de lar e, por conta disso, quando chega a hora de, enfim, realizá-lo, é preciso estar atento e agir com cautela, afinal, há muitos detalhes que precisam ser conferidos para que seu sonho não se torne um pesadelo.
A verificação da parte elétrica é fundamental na hora de fechar um negócio, uma vez que, além da sua segurança e a da sua família, comprar um apartamento novo que venha a necessitar de uma manutenção vai gerar um gasto extra ao qual você não contava, podendo desequilibrar seu orçamento.
Ao comprar um imóvel, seja ele novo ou não, é preciso garantir o máximo de segurança possível, e tomar esses cuidados com a parte elétrica, já nas vistas, te isentará de surpresas desagradáveis e gastos desnecessários. Separamos algumas etapas essenciais para o momento de inspeção.
1. Verifique todas as tomadas
As tomadas são responsáveis por ligar praticamente todos os aparelhos da nossa casa. Se queremos que tudo funcione perfeitamente bem, é importante ter alguns cuidados. Certifique-se de que todas sigam o padrão brasileiro. Lembre-se também de que a maioria dos aparelhos elétricos possuem o formato de três pinos — isso evita o uso de adaptadores nem um pouco recomendáveis.
Verifique, também, se as tomadas estão instaladas e encaixadas corretamente e se atendem às suas necessidades. Na cozinha, é bom ter tomadas de 20 ampéres para aparelhos como microondas e fritadeiras elétricas.
Lembrando que as tomadas de três pinos são mais seguras e, por isso, mais recomendadas e não costumam ser encontradas em casas e apartamentos mais antigos.
2. Confira os materiais usados
É importante se certificar de que os materiais elétricos utilizados sigam as normas estabelecidas por agências reguladoras. Atente-se para marcas, fabricantes e desconfie de produtos frágeis, deslocados e mal acabados. Não aceite improvisações e confira se tudo funciona perfeitamente.
3. Fiações expostas
A fiação exposta é sinal de perigo, por isso sempre confira se não há nenhum fio exposto pela casa e, se houver, saiba que é um caso de manutenção na certa. Se estiverem amassados ou em estado de corrosão, o perigo é ainda maior. Coloque seus gastos no papel e decida se vale a pena investir em uma reforma elétrica. Outra saída para esse problema é perguntar ao responsável pelo imovél se é possível negociar essa despesa.
4. Quadro elétrico
Na hora da visita, não se esqueça de conferir como está o quadro elétrico. Observe se ele aparenta estar conservado e se possui disjuntores DR. Também é importante destacar que ele deve se encontrar em local adequado e seguro, longe do alcance de crianças, mas de fácil acesso, sem obstáculos que dificultem a manutenção.
5. Atenção para a fiação dos imóveis antigos
Prédios e casas antigas provavelmente não possuem a fiação adequada, uma vez que, provavelmente, não foram atualizadas segundo as normas vigentes — inclusive, é comum não ter fio terra nem disjuntores DR no seu quadro elétrico. Fique atento a esses imóveis e saiba que a reforma da parte elétrica pode custar cerca de 10% do valor combinado.
6. Vistorias especializadas
É sempre muito importante também levar um especialista para checar a parte elétrica do seu novo imóvel, já que a segurança deve ser entendida como investimento. Muitas imobiliárias são responsáveis pela vistoria e, por isso, as condições do imovél devem estar no contrato. Vale ressaltar que, caso o proprietário não permita esse tipo de visita, é bem provável que não esteja tudo certo.
7. Perguntas importantes
Não se esqueça de questionar o proprietário sobre ocorrências de lâmpadas queimadas, quedas frequentes de energia, contas de luz com valor elevado e mal funcionamento de aparelhos. Esses podem ser sinais de que a parte elétrica necessita de uma reforma.
8. Últimas manutenções
Sempre questione quando foi feita a última manutenção, principalmente se o imovél em questão for mais antigo, já que eles não foram planejados para suportar os aparelhos elétricos atuais. O ideal é que essa manutenção ocorra em um intervalo de cinco anos. Procure saber também o histórico de reformas e certifique-se de que não há as famosas “gambiarras”.